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Vítima de falência múltipla dos órgãos, faleceu aos 80 anos de idade, nesta 6a feira, o ator, humorista e escritor Chico Anysio. Ele estava internado desde 22.12.2011 no Hospital Samaritano no Rio de Janeiro. O humorista recebeu inicialmente o diagnóstico de pneumonia, mas teve complicações renais, passou por hemodiálise e respirava por ajuda de aparelhos.
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Ator exclusivo da TV Globo, Chico Anysio atuou de 2009 até recentemente no programa humorístico semanal, Zorra Total, onde teve os quadros de seus personagens "Salomé" e "Bento Carneiro - o Vampiro Brasileiro".
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Chico Anysio teve programa exclusivo na TV Globo até o ano 2.000, Chico City, a partir de quando foi submetido à "geladeira" da emissora em função de entrevistas com depoimentos críticos à direção, conforme reportado pelo jornal "A Gazeta" (http://www.gazetasp.com.br/edicao/3427/index.html?PageNumber=1).
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Chico residia em São Paulo com sua esposa, Sra. Malga de Paula, e deixou nove filhos e dez netos. Entre seus filhos, contam-se os atores e comediantes Bruno Mazeo e Nizo Neto, Era irmão do cineasta Zelito Viana e da atriz Lupi Gigliotti e tio do ator Marcos Palmeira e da diretora Cininha de Paula.
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Reconhecido como generoso e benevolente por muitos de seus incontáveis amigos, Chico Anysio deixou de explorar o humor do gênero "stand up", em que era muito bom, no qual o humorista conta casos e piadas sozinho no palco, sem cenários, sem figurino, para desenvolver trabalho onde pudesse contar com grande elenco e personagens, mobilizando recursos financeiros maiores, com a finalidade de acolher uma infinidade de velhos humoristas desempregados e com graves necessidades.
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Outro exemplo de sua benevolência e generosidade foi ter-se apaixonado e casado com a Sra. Zélia Cardoso de Melo, logo após tê-la recebido em sua "Escolinha de Professor Raimundo", onde cedeu-lhe espaço para um "discurso à Nação". Ex-ministra da economia do Governo Collor e responsável pelo "sequestro da poupança", ela era excecrada pela mídia por seu affair com o Ministro da Justiça, Bernardo Cabral, um homem casado e que fora, quando deputado federal, relator da Constituição Brasileira de 1988, contra a qual já estariam sendo articuladas Emendas Constitucionais que a descaracterizariam.
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O JORNAL FRANQUIA não poderia deixar de unir-se ao luto de todo povo brasileiro em homenagem a esse grande homem que tantos exemplos e alegrias trouxe ao País, desde sua revolucionária estréia na TV nos anos 60.